Estou habituado a perceber se uma pessoa é interessante ou não nos primeiros cinco minutos de conversa. Posso errar, claro, mas é raro. Não é uma coisa que eu faça constantemente nem propositadamente, simplesmente acontece, acho que todos temos essa capacidade, mas pode demorar mais a uns (mas claro que cada um acha interessante diferentes tipos de pessoa). Pensem nisso.
Aqui mesmo que o quisesse fazer era me difícil. Até que ponto é que posso "avaliar" uma pessoa pelas conversas que temos em inglês? Quando o inglês não é a língua primária da pessoa, e mesmo aqueles em que a língua inglesa é a sua língua nunca podemos ter bem a certeza, porque estes têm conversas simples connosco porque sabem que nós nunca os vamos apanhar por muito bom que seja o nosso inglês (não em cinco meses).
Assumir que todos são interessantes talvez seja o melhor a fazer, pelo menos no inicio. Depois vai se descobrindo, e descobrir é uma tarefa difícil porque são todos muito diferentes. Dizer que todas as pessoas são diferentes é normal, mas quando são pessoas de diferentes países a diferença ainda se nota mais.
Depois há claramente a tentativa de criar laços o mais rápido possível porque todos sabem que só temos cinco meses e só nos temos uns aos outros, por isso fazerem-se de esquisitos não é uma boa abordagem ao problema. Ser sociável e tentar perceber os limites, depois é partir dai.
5 comentários:
Olá olá :)
Acabei de "esbarrar" com o teu blog. Achei interessante o que aqui publicaste, e pelos posts anteriores, percebi que estás em erasmus (que sonho *.*).
Não te pergunto se me posso meter na conversa, porque já me meti (peço desculpa).
Há uns tempos pensava que avaliava "muito bem" as pessoas, nos tais primeiros 5 minutos de conversa (talvez porque raramente me enganava). Não sei o que se passa ultimamente, mas acho que perdi essas capacidades. Mesmo percebendo muitíssimo desta nossa língua, também optei por ficar meia que imparcial às primeiras impressões (claro que há pessoas que nem merecem uma segunda), depois o tempo logo tratará de me abrir, ou não, os olhos. Porque mesmo "com tempo", não nos podemos fechares às amizades. Não o temos assim tanto, passa rápido.
Bem, já estou a seguir o teu blog. é sempre interessante dar uma espreitadinha ao que se vai passando "aí fora".
Diverte-te e boa sorte.
Beijinho.
Olá Mafalda! Bem vinda :)
Pessoas são complicadas, por vezes é preciso mais do que cinco minutos. Mas eu trato as pessoas todas da mesma maneira durante muito tempo, o problema é que percebo logo na primeira conversa que tenho com essa pessoa se vou continuar a falar com ela porque me interessa, ou porque é simpático. Eu ainda não perdi a minha capacidade de avaliação. :)
Já te sigo.
Beijinhos
Obrigada :)
Não me interpretes mal. Não é que antes descartasse as pessoas que "não me interessavam". Mas é como dizias: continuo a falar com essas pessoas porque são interessantes ou porque é simpático. Por vezes, é mesmo necessário mais do que 5 minutos. Por isso digo que já não me considero tão "apta". Talvez por não dar mais do que esse tempo. Acho que me tornei um bocado exigente, fazendo com que me enganasse bastante. E onde queria chegar mesmo, é que acho interessante o facto de teres noção de que só tens 5 meses para criar laços, não te dando ao "luxo" de te armares em "esquisito". Isto, porque não sei se no teu lugar tinha pensado assim. O que é terrível. Isto fez-me concluir que, independentemente do tempo que temos, devíamos (ou eu devia) dar oportunidade às pessoas de poderem mostrar a sua verdadeira essência. Porque há realmente pessoas que nos surpreendem.
Enfim, deu para reflectir bastante. Foi bom, foi bom, obrigada :) Vamos lá ver se recupero a minha "capacidade de avaliação" *
Se calhar devíamos todos viver como só tivéssemos cinco meses (ou menos) para conhecer alguém, tornava as coisas muito mais interessante. Para mim principalmente, gosto de desafios, mas não gosto de ser humano (não sei se faz sentido). Aqui no blog é fácil.
Avaliar é uma palavra pouco humana, mas como eu o faço constantemente não posso reclamar. :)
É verdade, sim :)
Somos uma espécie realmente estranha...
Enviar um comentário