domingo, 17 de junho de 2012

Acorda

Hoje acordei com isto escrito no telemovel. Ou sou sonâmbulo, ou estou a ter perdas de memória ou alguém anda a gozar comigo.
Se calhar só estou a ficar maluco...

Julho. O calor entra por uma pequena frincha da janela, que tem o estore aberto o suficiente só para deixar entrar rasgos de luz que iluminam o interior. Ouve-se música, o volume baixo deixa apenas distinguir as notas mais agudas do saxofone amargo de John Coltrane. Podia ser considerado um ambiente calmo se não fosse o som de um lápis a arranhar o papel freneticamente, o remexer de papeis e o constante afia a trabalhar acompanhado do sopro característico para limpar as aparas que se lhe agarram antes de cairem inevitavelmente no chão.

3 comentários:

Anónimo disse...

Estavas claramente a dormir. Amargo, o saxofone de Coltrane? Oh.

(verificação de palavras: sencueqa)

David Pires disse...

humming, saxofones doces não têm muita piada! Mas claramente o que o meu eu queria dizer era Ornette Coleman.

Anónimo disse...

É verdade, saxofones betinhos não contam, excepção feita ao de Coltrane, que tem qualquer coisa.
É assim, tendo em conta a quantidade de Morphine que eu ouço, facilmente qualquer saxofone me soa doce.
Coleman está no coração.