quinta-feira, 3 de maio de 2012

Sol

Quando o Sol começa a nascer às 4 da manhã deixamos de ter a noção da realidade outra vez. Todas as manhãs acordo com o Sol a bater-me na cara, um Sol tão claro e branco que doí (dizer claro e branco na mesma frase pode parecer que não faz sentido mas faz, o Sol podia ser verde e claro). Não há cortinas. O pensamento é sempre de que só falta um mês e que não vale a pena comprar mais nada. Acho que vou dar em maluco com este Sol. O meio termo acabou, e passou rápido.

Lembro-me do nascer do Sol em Vale Judeu no Verão. Por volta das seis da manhã, ouvem-se os passarinhos e dá para ver o mar lá ao fundo. Ainda há aquele fresco da manhã que tu aproveitas ao máximo porque já sabes que o resto do dia vai ser só transpirar. Tens aqueles pensamentos sobre a insignificância da espécie humana. Metes os pés na piscina e sentes a água ainda fria da noite e começas a imaginar a banda sonora para aquele momento. Sorris porque começas a pensar em ti a pensar, e parece que estás fora de ti. Olhas em volta uma última vez, e vais para a cama. É Verão.

7 comentários:

Carlota disse...

http://whitecabana.files.wordpress.com/2010/05/lambie-sleep-mask-10-mybathhouse-dot-com.jpg :)

David Pires disse...

Carlota, quando escrevia isto veio-me à memória uma coisa do género, clero que não tinha o encanto desse.

Rata disse...

Isso é o que eu imagino que sentiria

Carlota disse...

tens de equacionar adquirir uma desta categoria.

David Pires disse...

Rata, os teus comentários são sempre muito específicos, é como se tivesses a apontar para uma coisa e a comentar, mas como não te estou a ver não sei do que estás a falar.

Carlota, último mês, já não vale a pena...

Rata disse...

Estou a falar de fazer isso tudo que lá (ia dizer "aí" vê só), no verão dos Algarves, tu fazes. E sentir isso tudo que relataste. Expliquei-me?
É que é exactamente aquilo que eu gostava, e que me imagino a fazer, caso acordasse assim: numa casa onde se visse o mar e tivesse piscina.
Aqui também ouço pássaros de manhã... acompanhados de buzinas...

David Pires disse...

Rata, claro como cristal :) Aprendi a dar valor às coisas quando não as tenho